Nísia é substituída por Padilha no Ministério da Saúde



O presidente Lula (PT) decidiu fazer mudanças nos ministérios para reverter a queda de popularidade. Assim, nesta terça-feira (25), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, foi substituída por Alexandre Padilha, que é médico e atualmente está à frente da Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação política do governo.

Segundo comunicado do Palácio do Planalto, a mudança deve ser anunciada no dia 6 de março, após o Carnaval. Ainda não se sabe quem substituirá Padilha na Secretaria de Relações Institucionais, mas tudo indica que a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, assuma o cargo.

Motivos da saída 

Segundo integrantes do governo, Lula teria decidido substituir Nísia porque ela não atendeu às expectativas na gestão das vacinas, apresentando pouca cobertura vacinal e lentidão no combate ao surto de dengue em 2024. Houve também demora na implementação do programa de Medicina Especializada, que amplia a oferta de consultas e exames no SUS.

Para membros do governo, esse programa tinha potencial para se tornar uma marca do terceiro mandato de Lula, mas não conseguiu ganhar força.

Em uma rede social, Padilha disse estar honrado com a nova missão. Ele também afirmou ter profunda admiração e carinho pela amiga Nísia Trindade, destacando que ela "deixa um legado de reconstrução do SUS após anos de gestões negacionistas, que nos custaram centenas de milhares de vidas".

Cogita-se uma reforma ministerial maior, mas, até o momento, apenas o Ministério da Saúde sofreu alterações.

Nísia foi a primeira mulher a assumir o cargo de ministra da Saúde, além de ter presidido a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entre 2017 e 2022.

Alexandre Padilha, por sua vez, já foi ministro da Saúde no governo Dilma (PT), de janeiro de 2011 a fevereiro de 2014.

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